Speakers do Clima: “Nós não podemos continuar a ter este tipo de atitude”
- Catarina Reis
- 1 de out. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 6 de out. de 2022
Num mundo onde as alterações climáticas são cada vez mais discutidas pela sociedade, existem projetos e Organizações Não Governamentais (ONG) que lutam por um mundo melhor. Combater um dos maiores problemas mundiais e alertar a população de diversas faixas etárias, são os objetivos do projeto 1Planet4All. Esta é uma iniciativa europeia e, em Portugal, está a ser desenvolvida pela ONGD Vida.

Com início em fevereiro de 2020 e, com data de término prevista para janeiro de 2023, a consciencialização dos jovens europeus entre os 15 e os 35 anos sobre as alterações climáticas é um dos objetivos deste projeto, como explica Ana Margarida Vaz, responsável pela ONGD Vida: “Nós pretendemos envolver os jovens na consciencialização dos impactos das alterações climáticas, um pouco por todo o mundo e, promover também o seu envolvimento ativo em ações que possam promover a mudança individual e coletiva, que é necessária no que respeita as alterações climáticas.”
Dentro do 1Planet4All, e em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), têm sido organizados workshops: “Estamos a trabalhar em parceria com a FLUP nesta oficina dos Speakers do Clima, em que temos aliado a ciência das alterações climáticas, à questão da sua comunicação e, como podemos ser comunicadores mais eficazes nesta questão.”

No âmbito de uma das Unidades Curriculares da licenciatura em Comunicação Social, na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), os alunos decidiram acolher esta iniciativa da ONGD Vida, que, para além de Ana Margarida Vaz, teve, ainda, como oradoras Ana Sofia Maia e Susana Neves, ambas da FLUP. Sérgio Rodrigues, professor representante do projeto do Eco-Escolas, realça a importância deste tipo de sensibilizações para a comunidade: “É sensibilizá-los para esta temática, que faz parte do futuro de todos nós. O que nós temos feito, até hoje, enquanto humanidade é extrair, produzir e eliminar e os recursos do planeta são escassos e têm um limite.”
Com o mesmo pensamento que Ana Margarida Vaz, Sérgio Rodrigues reforça o lema do Eco-Escolas: “Nós não podemos continuar a ter este tipo de atitude, o que tentamos fazer no projeto Eco-Escolas é realmente sensibilizar para esta temática, para este problema e, introduzir aqui uma outra forma de pensar que tem a ver com a economia circular em que nós não devemos exaurir o planeta e os seus recursos. Esse é o nosso objetivo de vida.”

Catarina Damas, aluna da ESTA, demonstrou, no fim do workshop, o seu entusiasmo e a superação das espectativas que tinha para com a iniciativa: “Foi bastante explícito, no sentido de não ser aborrecido, porque acho que a maior parte de nós estava com uma expetativa de que o fosse. Isto é uma temática que é cada vez mais debatida, principalmente entre nós, jovens, que estamos cada vez mais atentos a estas alterações climáticas, porque é o nosso futuro.”
Natália Ildefonso, aluna da ESTA, partilha da mesma opinião que a colega: “Foi super dinâmico, não estava à espera. Tratou uma questão bastante séria, de um modo que toda a gente conseguisse perceber e de um modo bastante leve. Sinto que eles dinamizaram com coisas mais da nossa faixa etária, ajuda bastante a ter o engajamento pretendido.” Natália reforça a importância de explicações e workshops como o do Speakers do Clima: “As pessoas não compreendem, porque ainda têm aquele preconceito de ser tudo muito científico e ser tudo muito complicado de compreender. Acho que estes workshops vêm desmistificar um pouco esse pré-conceito à cerca deste tema das alterações climáticas.”

Para Sérgio Rodrigues, alertar a sociedade sobre o meio ambiente é algo fundamental: “Nunca é demais desenvolvermos este tipo de atividades. É importante chamar a atenção para este que, é realmente o grande problema atual.”
Para além da parceria com a FLUP, a ONGD Vida está a desenvolver projetos com escolas secundárias e grupos universitários ligados à Faculdade de Ciências de Lisboa: “Estamos a trabalhar com um grupo de investigadores da Faculdade de Ciências de Lisboa, que estão muito ligados a esta questão mais da ciência das alterações climáticas.”
Catarina Reis
Raquel Duarte
Adriano Teixeira
Rafael Mendes
Rúben Frazão
08 de julho de 2022
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